Escorregando devagar
nos fios ensebados do cabelo da menina
o piolho passeou diante dos olhos
do menino
Sem ação e
constrangido
calou-se dividido
em olhar o parasita
e os olhos da pequena
Atravessou a cabeça da testa à nuca,
sem atrapalhar a fala
se escondeu
Arrependeu-se o menino,
perdeu a chance de ouro:
salvar a cabeça da menina
de mais uma coceirinha.
clap! clap! clap! clap! clap! clap!
ResponderExcluirÉ dos melhores!
Fui piolho e menino também!
Eis a magia de uma boa poesia!