21/04/2010

Hoje acordei com vontade de escrever uma prosa lenta e tranquila, lembrando este feriado de 21 de abril com céu tipicamente outonal.
Acordei com vontade de apegar-me ao que costuma passar, relatar o que vejo, dando mais atenção à rotina. Não de uma vez, aos poucos, pedaço por pedaço.
Outro dia resolvi olhar para uma direção que não costumava olhar, e vi dois arco-íris; um, no simples ato de focalizar outra perspectiva, abrindo-me à chance de experimentar, o segundo vi porque ouvi um menino comentando com sua mãe - "Olha, um arco-íris!". Ela não se maravilhou como nos maravilhamos.
O Arco da Aliança nesta cidade corrompida?
Em época de desastres naturais não custa nada se apegar a velhas crenças. Não acredito que o mundo será inundado como dizem que já foi. O que se tornou problema é o fato de ninguém ter comentado ou criado acordos e símbolos para proteção contra outros eventos. Quem tira dentes, acaba enforcado.
Estruturas estão sendo abaladas, terras estão deslizando, fumaça e fuligem estão tampando as vistas de muitos...
Como poderia não me maravilhar?
Recuso a fatalidade.

13/04/2010

Ver-se à vida,
apesar das vistas
viciarem-se
e se acostumarem
a ser
certas.